
Algumas vezes acabamos nos esbarrando novamente, seja de propósito ou por acaso, mas é uma forma natural das coisas acontecerem.
Aos poucos esse afastamento se dá, devagar, as escolhas diferentes acabam nos levando para longe de quem gostamos, e assim, quase não sentimos.
De forma progressiva, vamos deixando de nos ver todos os dias, depois paramos de sair juntos aos fins de semana e no final nem uma vez por mês.
Apesar de parecer triste, muitas vezes passa desapercebido.
Claro que as vezes dá aquela saudade, uma melancolia gostosa, então marcamos um café, uma cerveja; conversamos sobre trabalho, namoros e relembramos das bagunças, das festas, da época em que tínhamos essa sintonia.
O que me dói é quando essa separação é repentina, como se cortassem um pedaço da nossa história, parece que perderam algumas folhas do livro e quando o lemos pula um pedaço.
A sintonia ainda existe, os ideais, as vontades, as diversões e as escolhas ainda são muito parecidas. Mas, abruptamente, somos separados, de um dia para o outro não posso mais te sentir, te ter por perto, é tão difícil e tão injusto.
Sei que temos ai um prazo para voltar, mas as coisas não voltam iguais.
Não serei mais eu, não será mais você, seremos outros, e me preocupa pensar que esses outros que seremos, podem ser dois estranhos, me dá medo cogitar uma falta de intimidade e liberdade.
Queria voltar do ponto de onde paramos, mas não vai ser assim, não é?
Me falta você, nas saídas, no dia a dia, nas cantorias e nos momentos importantes.
Daqui a um ano, se for um estranho, será meu estranho favorito.
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