terça-feira, 12 de novembro de 2013

Desaparafusar

Uma conversa corriqueira, bobagens e banalidades ditas da boca para fora. Escutar e rir, achando graça daquilo tudo, aquelas histórias grandiloquentes que fogem de qualquer realidade morna que eu tenha vivido. No momento questionar como alguém consegue levar a vida assim, de forma tão imprudente e impulsiva? Não eu, não eu. A bonequinha um tanto "singular" da família perfeita. Para mim tem que ser coisa estável, planejada, pensada e repensada, com objetivos bem racionais e delineados. Não, nunca para mim essa experiencia doida de gente porra loca que não pensa nas consequências. Jamais, jamais...
O dia seguinte. 

O caos.
O questionamento.
O dia todo, não sai do pensamento. 
Aquelas palavras, aquelas histórias, as ideias, o rosto, a voz. 
Porquê? Porquê? Porquê? Por que não? O quê se tem a perder? 
Sinto sede, sede de dar passos maiores que a perna, de não pensar no amanhã, não pensar no que vão pensar. Vontade de sentir sem medida, sem medo, sem sentimento, só sentir a hora, o momento e o calor. Fazer o que quero, e não querer saber o que querem os outros!
Parafusos que caem da minha cabeça, mistificações se desmancham e eu me perco no não me encontrar, mas que importa isso quando a intenção é mesmo se perder?
Eu tenho desejo por aquelas ideias, as histórias, o jeito radical, o rosto, a voz, o corpo, agora, ontem, até quem sabe semana que vem.


Então volto, recolho meus parafusos espalhados. Volta a boneca montada, até que alguém a desmonte novamente.

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